
A coisa mais normal nos dias atuais é a família se espalhar, quase como fogos de artifício. Os filhos crescem, estudam, concluem os estudos e “espirram” para suas próprias casas. E as mães, coitadas, vendo a casa ficar mais vazia, ter quarto sobrando, espaço sobrando, ninguém se tromba mais (antes era uma loucura, era gente esbarrando em gente por todo lado). A casa ficou enorme em poucos meses. O falatório ficou mudo, a máquina de lavar já não passa o dia inteiro ligada e todas as roupas molhadas agora cabem num único varal, sem improvisos. Um dia é um filho que aparece para visitar, outro dia é outro… “É bom, mas não é a mesma coisa…”.
E aí, de repente, exatamente no Dia das Mães, aquela mãe tristonha escuta um carro pesado parando em frente à sua porta. Nem dá bola, afinal para carro aí em frente o dia inteiro… Mas aí começam a surgir várias vozes, e todas conhecidas. “Peraí… essa voz aí eu conheço… e essa também… Peraí!!” Ela mete a cara na janela e vê que os filhos estão todos na calçada tirando as bolsas do tal carro, uma conversaiada que só, uma velha e conhecida confusão! São os filhos! Arrumaram um serviço de aluguel de vans e vieram todos juntos! Hora do coração da mamãe saltar pela boca de felicidade!
O retorno da bagunça
Sua família é assim também? Cada um encaminhou a vida pro seu próprio lado, todo mundo fora da casa da mãe? Cada um com sua agenda, seus compromissos, suas possibilidades? É assim mesmo. Mas se por um lado a gente tem a impressão que a nossa vida está seguindo adiante, pra sua mãe provavelmente a impressão é de que ela parou. Imagine? A casa cheia e barulhenta agora ser um lugar vazio e silencioso? Por mais que as crianças enlouqueçam as coitadas, quando crescem e vão embora o sossego beira o insuportável. Afinal… por que você acha que as mães ligam pra gente o tempo todo??

Quando uma mulher se torna mãe, é como se ligasse um aparelhinho na cabeça dela, inclusive dotado de radar, cuja única função é cuidar. “Agora tenho uma criança pra tomar conta; preciso cuidar dela, das roupinhas, da comida, não deixar machucar, ajudar na escolinha…”. É uma coisa meio robótica às vezes! Elas vão de um lado pro outro tomando conta de tudo e de todos e mal mudam a expressão do rosto! No fim do dia, o aparelhinho superaquecido pifa e é quando elas desmaiam na cama. Mas isso é enquanto os filhos estão pequenos e são super dependentes – depois que crescem, é cada um se virando pra lavar sua louça, arrumar sua cama, acordar na hora certa… é ou não é?
Mas elas ficam aborrecidas quando todos saem de casa. Ficam felizes pelas conquistas e pela independência, mas essa distância as aborrece bastante. Então que tal aprontar uma surpresa dessas gostosas pra ela?
Invertendo os papéis
A primeira coisa é chegar na casa dela. Mas chegar um de cada vez deixa a emoção muito diluída, não? Que tal chegarem todos juntos? E pra todo mundo poder tomar uma cervejinha, ou um vinhozinho gostoso, que tal procurarem um serviço de aluguel de vans pra ficar tudo numa boa? Imagine a cara da sua mãe quando vir todo mundo chegando junto duma vez só! Haja coração!
Alguém da turma sabe cozinhar? Se não for um dos filhos, talvez uma das esposas ou dos maridos saiba uma receita especial! Que tal essa pessoa ir pra cozinha e deixar sua mãe livre pra curtir a farra e abraçar-beijar-apertar muito as “crianças” todas? Garanto que ela vai gostar! Ah, e que alguém ajude a lavar a louça usada no preparo, hein? Nada de covardia com o chef, ora.

Presentes? Nada tem mais a cara desse dia do que um buquê de flores. Pode ser repetitivo e parecer pouco original mas elas adoram CADA FLORZINHA que vocês já deram a ela ao longo da vida! Aproveitem que irão juntos e compre um um enoooorme buquê de rosas pra ela! Ou que tal flores do campo? É super colorido e muito delicado!
Trilha sonora? Bom… de que música sua mãe gosta? Talvez ela tenha um “gosto duvidoso” e curta cantores que vocês achem insuportáveis mas, poxa, façamos um esforço a mais, só hoje! Já vá se lembrando onde ela guarda os CDs e, quando chegar lá, não hesite: som na caixa! Mesmo que seja o Valdic Soriano. Hoje o dia é dela! (e além do mais, todos vão estar tão animados que é bem capaz de alguém sair cantando em coro pela casa)
Dia chegando ao fim…
É típico de um dia bom: ele acaba depressa. Vai chegando a hora de voltar e aí bate aquela tristezazinha, né?… Mas pelo menos foi um dia memorável! Todo mundo junto de novo, fotos, gozações, risadas, comida gostosa, TODO MUNDO LAVANDO SEU PRATO (hunf, olhem lá, hein??), flores, carinho, colo… Hora de voltar pra casa. Mas o gostoso de dias assim é que sempre fica o ânimo pra repetir a farra mais vezes. A mãe vai gostar! ; )