
Uma das formas mais inusitadas da arquitetura modera é o acabamento das obras sem acabamento. “Oi??” Isso mesmo! O acabamento é feito sem pintura, nem tijolos aparentes, nem ladrilhos… nada. Acaba ali, no cimento, nem massa corrida se usa. Claro que isso não se aplica a toda obra mas, na verdade, as mais “modernosas” realmente ficam muito bonitas com esse acabamento aparentemente mais rústico – e não: elas não ficam com cara de obra inacabada. Rrsrsrs
Mas mesmo assim, a grande preferência é pelo acabamento completo, que leva argamassa e tinta, pelo menos. A grande variedade de cores, texturas, acabamentos e finalidades deste produto caiu no gosto dos proprietários, que hoje podem deixar a casa com o estilo que quiserem. Existem tintas que podem ser rabiscadas à vontade pelas crianças e “lavadas” depois, outras com acabamento aveludado, outras que ficam brilhantes como tinta vitral depois que secam, sem falar das antialérgicas, das de secagem rápida, das antimofo… enfim, tem pra todo gosto e necessidade! O problema é que, devido às suas especificidades, algumas tintas são feitas à base de aguarrás, tiner ou outro tipo de solvente, que pode provocar alguns problemas de saúde se mal manejadas. Por isso, é importantíssimo usar um equipamento de proteção na hora de botar a mão na mass… digo, na tinta.
Roupa velha pode
Outro equipamento de proteção importante para qualquer pintor são as luvas e os óculos de proteção. É comum nos depararmos com pintores sem luva alguma, com as mãos entrando em contato direto com a tinta ou com seus respingos, não é? Este mau hábito deveria ser banido por eles mesmos mas infelizmente é coisa muito comum. O mesmo solvente que faz mal se respirado também faz se entrar em contato com a pele. O mais comum é o surgimento de irritações e alergias – e como se sabe, problemas assim são verdadeiros portões de entrada para sujeiras, bactérias e outros agentes causadores de graves problemas de saúde. Imagine, então, se esse profissional precisar tirar um corpo estranho dos olhos com as mãos sujas de tinta?? Pronto. Irritações oculares severas, ardência e uma corrida desenfreada ao pronto-socorro. E essa confusão poderia ter sido evitada se ele simplesmente tivesse usado luvas apropriadas e óculos de proteção.
É importante que ele tome cuidado também com as roupas que usa durante o serviço. Não existe um “uniforme” adequado para este caso, mas é conveniente que seja uma roupa “pro batente” (ou seja, que possa ser suja de maneira permanente) e que cubra o corpo integralmente – isso significa calça comprida e blusa com manga longa. Afinal, o contato da tinta com a pele dos braços ou das pernas tem o mesmo potencial de dano. Chinelos também não fazem parte da indumentária: galochas ou tênis fechados são o ideal.
Também convém proteger a cabeça, principalmente se o teto também será pintado. Por mais experiente que o pintor seja, nada impede que pequenos respingos de tinta escapem do rolo de pintura ou do pincel – e quem já trabalhou com pintura sabe a chateação que é tirar tinta do cabelo, sem contar o cheiro do solvente que teima em não sair dos fios por mais shampoo que se gaste. Além do mais, dependendo da quantidade de tinta que cair, ela pode alcançar o couro cabeludo, trazendo os mesmos problemas daquela que cai nos braços e pernas. Mas esse problema é fácil de resolver: um simples boné dá conta do recado.
Viu como não é difícil executar uma pintura sem se expor a riscos? Os equipamentos de proteção não são caros, são simples de usar e de manter e evitam problemas de saúde que deixem o profissional impedido de trabalhar por ordens médicas. E menos tempo parado = mais dinheiro no bolso, é ou não é? 😉