
Quem já reformou a casa alguma vez sabe bem a complicação que isso representa. Primeiro é ter claro na mente o que espera obter com a reforma: aumentar um quarto? Fazer um banheiro a mais? Arejar melhor a sala, ou a cozinha? Corrigir uma infiltração? E os pedreiros, onde achar bons profissionais? E que material vou precisar? Precisa arquiteto e engenheiro, ou posso fazer sem isso? Etc, etc, etc.
Mas os problemas não param por aí. As reformas menores não pedem que os oradores saiam da casa durante a quebradeira, porém os móveis que estão naquele cômodo vão precisar ser arrastados, cobertos com panos velhos, lonas, plásticos… e NÃO VÃO ficar livres da poeira nem de eventuais cacos de tijolo que voem para aqueles lados. É, amigo, reforma é sempre uma dor de cabeça… E você achando que fazer mudança é que era chato…
Arquitetos? Engenheiros? Precisa?
É bom que toda reforma tenha um projeto orientado por um desses profissionais, PRINCIPALMENTE se você mora em apartamento. Prédios são estruturas cujos pilares são cuidadosamente posicionados para suportar o peso de vários andares de concreto, móveis e pessoas, não é “qualquer lugar”. Um erro ali pode ruir com tudo (o seu andar e todos os outros). Mas mesmo para as reformas em uma casa, é conveniente que haja um profissional envolvido, por segurança.
Falando nisso, você sabe a diferença entre u profissional e outro? O arquiteto elabora as plantas e racionaliza o uso dos espaços da construção, inclusive levando em consideração a estética desses espaços, a circulação de pessoas por ali (ergonomia), etc. Já o engenheiro indica as soluções técnicas para aquela obra acontecer da melhor forma possível, levando em consideração as instalações elétricas, hidráulicas, etc. Normalmente trabalham em conjunto, mas é comum ver arquitetos assinando projetos sozinhos, ou engenheiros fazendo isso também.
Claro que reformas menores como trocar uma janela não exigem profissionais assim, a menos que a intenção seja aumentá-la ou mudá-la de lugar. Nesses casos, ter um arquiteto ou engenheiro envolvido vai evitar que a obra enfraqueça a sustentação da parede envolvida e a casa venha abaixo. Instalar armários aéreos (desses que ficam parafusados na parede sem tocar o chão) também não exigem esses profissionais – mas mostre a planta da casa pro mestre-de-obras, pra ele evitar os canos.
E os móveis? Como protegê-los?
Aí vem outro problema: proteger os móveis do cômodo onde a obra vai acontecer. Normalmente as pessoas os arrastam pra um canto, deixando-os praticamente empilhados. Quando a casa tem espaço disponível, o ideal é colocá-los em outros cômodos, mas nem sempre é possível Se for o caso de arrastá-los pra um canto, providencie uma proteção adequada para que a poeira não se amontoe sobre eles, e que objetos pesados e líquidos também não os atinjam. Como fazer? Cobrindo-os com lonas, plásticos e tecidos até o chão. Aliás, se houver previsão de água caindo no chão com possibilidade de formação de poças,
procure erguê-los com ripas de madeira, evitando que eles sejam tocados pela água e se estraguem.
Fique atento a esses cuidados especialmente se o teto também for mexido durante as obras. Tinta e pedaços de tijolos podem cair sobre os móveis com uma força que um mero lençol não vai conseguir deter. O resultado são danos irreparáveis em estofados, eletrodomésticos (nem quero imaginar se houver uma TV novinha por ali), tampos de vidro quebrados, enfeites e peças de família destruídos…
Mas tem uma solução muito boa, disponível mais facilmente em cidades maiores e capitais. Algumas empresas de mudança disponibilizam uma área para guardar móveis, uma espécie de guarda-volumes para os móveis que não couberam na nova casa. Esses espaços podem ser alugados pelo tempo necessário; os móveis e demais objetos são embalados com cuidado e colocados em boxes fechados com chave ou cadeado, para garantir que só o dono terá acesso a eles. Se na sua cidade houver um serviço do tipo, você pode usá-lo para guardar os móveis do cômodo que está sendo reformado, principalmente se a obra for demorada – ou se ela significar grande risco de danos aos objetos. Quando a obra acabar, é só voltar com tudo. Prático, não é?
Essa solução inclusive aumenta a segurança para os pedreiros, já que o cômodo vai estar mais livre e eles vão poder transitar com mais liberdade pelo local. Chance menor de acidente de trabalho = chance muito menor de pedreiros ausentes e, portanto, atrasos na obra.
Obra quase sempre representa uma dor de cabeça – e se você tiver meios de evitar pelo menos algumas, não tenha dúvida: use esses meios!