
Quando um estudante entra no curso superior, fica empolgado, ansioso pelo início das aulas, por conhecer os colegas e professores, aproveitar os recursos da faculdade (ou universidade). Mas passa-se um pouco de tempo e começa a bater uma certa aflição: “nossa mãe, ainda falta muito tempo pra eu formar… haja paciência!”. Algumas pessoas mais ansiosas, quando percebem o tamanho do caminho, ficam até frustradas – mas todos acabam se concentrando e se acalmando. Afinal: muita calma nessa hora!
Mas de repente o tempo passa num relâmpago e, quando o estudante percebe, já está na metade do curso. De maneira repentina, se vê estudando sobre metodologias de pesquisa e então se dá conta de que terá que fazer um trabalho de conclusão de apresentação rigorosa. Está chegando o tempo da temida monografia!! (relâmpagos)
Coisa do capiroto?
Alguns professores gostam de apresentar em sala de aula trabalhos científicos, artigos e outros tantos para demonstrar aos alunos as múltiplas formas de se fazer um TCC, ou Trabalho de Conclusão de Curso. Alguns cursos permitem trabalhos práticos, mas todos eles permitem também a entrega de um trabalho escrito. Sim: científico, regado a normas ABNT e tudo. “Ai, meu Deus…”
Talvez estas normas sejam o que mais assusta num trabalho como esse; afinal, trabalho escrito nós fazemos desde a 4ª série e fazer outro agora não seria nada descabido. Mas colocar todo um projeto dentro dessas normas pode ser exaustivo. Isso porque os critérios são bastante rigorosos. Por exemplo, o espaçamento entre linhas, que deve ser sempre de 1,5cm; ou a fonte que deve ser sempre Arial tamanho 10 ou Times New Roman tamanho 12; ou as citações que devem sempre ficar em parágrafo separado e com recuo de 4cm (isso caso essa citação passe de 3 linhas) y otras cositas más.
E isso porque só estamos começando! A coisa engrossa – bastante – quando chegamos na hora de formatar as referências bibliográficas (aquela parte lá no finalzinho onde relacionamos os livros que lemos pra fazer a monografia). Lá sim é a parte mais complicada porque cada tipo de “fonte” que usamos deve ser informada de uma forma diferente. Por exemplo, há uma ordem correta para informar o nome dos autores, o título do livro ou do artigo, se era parte de alguma revista, de que ano era, em que página estava, etc. Se o material foi lido em CD, a forma de relatá-lo é outra; se veio de um link da internet, a forma é outra ainda… É extremamente detalhado e, por isso mesmo, muito trabalhoso. Mas pode acreditar: todo mundo que passa por isso, sobrevive.
Antecipe-se!
Como essa formatação toda é complicada e toma muito tempo, é comum que os estudantes se desesperem porque, além de precisarem faze a pesquisa em si e organizar os dados em um documento escrito, ainda precisarão cuidar de todos esses complicados detalhes. Por isso, a dica é a seguinte: comece a fazer sua monografia assim que possível.
O momento em que a disciplina de Metodologia de Pesquisa é ensinada varia de faculdade pra faculdade; umas já passam nos primeiros semestres, outras deixam mais para o meio do curso (poucas deixam para o final). Se você está no meio do curso e já a estou – ou se ela estiver sendo oferecida agora -, aproveite para já pensar no tema da sua monografia e já vá organizando seu projeto à medida em que a disciplina é cursada. Aprenda sobre as formas de pesquisa, os critérios, as ferramentas disponíveis, etc. Se já tiver pensado num tema, procure pelo professor responsável por coordenar os TCCs do seu curso para que ele sugira professores que podem orientá-lo, de acordo com o tema que você escolheu. Pode ser que este orientador sugira algumas alterações de percurso (o que é perfeitamente normal, afinal ainda estamos aprendendo a trabalhar com isso, não é?). Ouça o que ele tem a dizer, pondere a respeito e, se entrarem em acordo sobre as alterações, organize seu cronograma de ações e caia matando! Quanto antes você começar seus trabalhos, mais tempo terá para fazer tudo, com calma e do jeito que a ABNT manda.
A maior vantagem de se antecipar assim é que você tem tempo de sobra para procurar por muito, mas MUITO material de pesquisa – e você sabe: quanto mais se pesquisa, mais se sabe e melhor se conduz um trabalho. Além do mais, caso você precise fazer disciplinas a mais no último semestre, que é exatamente o reservado para a monografia, você já estará com o trabalho tão adiantado que não passará aperto nessas matérias. Só vantagem!
Então, fique atento(a): se já dá pra ver a linha de chegada do seu curso… então já é hora de começar o TCC. Boa sorte!