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Patrimônio e Cultura

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Muitos países antigos têm um enorme acervo patrimonial preservado. E não é pra menos! São centenas de anos (milênios, talvez?), de história incorporados em peças e construções de todo tipo. Quantos reis, rainhas e dramas se passaram entre as paredes dos castelos medievais europeus, por exemplo? Quantos casais passearam junto das enormes e maravilhosas fontes da Itália? Quanta política já foi discutida entre as colunas dos templos da Grécia?

No Brasil também existe um rico acervo patrimonial, mas isso não é assunto costumeiro por aqui. Talvez por questões culturais, preservação de patrimônio não parece ser algo de alguma importância, ainda ais quando confrontado com grandes problemas sociais como o acesso à educação, à saúde e à segurança. Mas alguns indivíduos já vêm, desde o berço, com interesse em conhecer e estudar patrimônios históricos, e estes acabam escolhendo um curso de pouca expressão, mas de muita importância: o curso de História. Permeado por muita leitura, pesquisas, intercâmbios culturais e estágios, quem estuda História nas universidades costuma ter os olhos repletos de estrelas.

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Cheiro de livro… velho

A História tem capítulos novos todos os dias, mas seu cerne está sempre impresso em folhas mais antigas, dos anos 1959 até a atualidade (no mínimo). Muitas vezes, um historiador – estudante ou não – precisa fazer contato com encadernações antigas, o que quer dizer: mexer em livros velhos, empoeirados, com encadernação se soltando, folhas amareladas e um terrível cheiro de mofo.

Aposto que já teve gente aí sentindo o nariz coçar só de imaginar! Pois é. Muitas vezes, os estágios se dão em arquivos históricos e em arquivos mortos de fóruns e bibliotecas municipais (quem não adora um estagiário pra fazer o serviço que todo mundo ali protelou até o fim?). Mas isso quer dizer que os alérgicos devem escolher outro curso? Não, claro que não. Mas já vá providenciando algumas máscaras apropriadas, por precaução, e luvas. Muita gente começa o curso imaginando-se em mil intercâmbios pelo país afora (quem sabe até pela Europa?), mas a verdade é que tem muito trabalho local pra encarar, antes da parte “romântica” da coisa.

O que se faz com um curso desses?

Além de mexer em coisas chamadas de “velhas”? Ah, o curso de História dá um leque lindo de opções de trabalho…

Um historiador pode se especializar na recuperação de material degradado. Claro que não é possível em todos os casos, mas existem técnicas de preservação que impedem que o processo de degradação continue avançando. Com isso, documentos raros e insubstituíveis são mantidos por tempo praticamente indefinido e a história carregada por ele seguirá por dezenas, centenas de anos à frente.

Ele pode trabalhar com pesquisa sobre objetos de arte – por exemplo, a pesquisa sobre os guerreiros de terracota encontrados na China, que só tiveram sua história conhecida após muita pesquisa. Já ouviu falar das descobertas de objetos e tesouros encontrados em navios naufragados a centenas de anos atrás? Para saber a veracidade dos objetos encontrados, precisa muita pesquisa para conhecer as características que aqueles objetos tinham naquela época, descartando a possibilidade de um engraçadinho ter jogado algum objeto recente ali para enganar os mergulhadores. Quando se trata de objeto histórico, nenhuma conclusão é feita com rapidez; tudo é muito meticuloso.

Se existem outras áreas para trabalhar – além, claro, da possibilidade de ser professor em escolas? Diversas! Inclusive, muitas oportunidades aparecem aos estudantes que participam de intercâmbios culturais em outros países – sobretudo na Europa, berço da história, dos museus, dos castelos, dos monumentos, dos documentos históricos que dizem respeito a tantos outros países. Naqueles países, a História é muito valorizada e são muitas as especialidades e os profissionais. Muitas vezes, o contato com um deles define o que você vai fazer pelo resto de sua vida – e com gosto!

 

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