Graduação. Quem faz sabe como é complicada essa senhora. São quatro, cinco, seis anos, talvez até mais, de muita leitura, muitas provas, muitos trabalhos e seminários, mais leitura… talvez até a repetência em algumas disciplinas (o que é perfeitamente normal). Muitas vezes pensamos que não vamos dar conta, que o ritmo é desumano, que o professor veio diretamente do inferno para nos dar aulas e que vão nos carregar exatamente pra lá quando o semestre acabar!
Aí tudo passa e as notas alcançadas são boas – ou pelo menos, suficientes para passar. E assim vai, um semestre após o outro, até que chegam os dois últimos. Os professores começam a alertar: “hora do TCC chegando. Já escolheram seu tema? Já têm professores orientadores?”. E a ficha cai: o curso está terminando! Já é a reta final! E… “Caramba… vou ter que fazer meu TCC! E agora? Não entendo nada disso! É TCC ou monografia?”
Desembolando conceitos
O TCC é o Trabalho de Conclusão de Curso; ou seja, em si, não quer dizer que tipo de trabalho é. Uma monografia é um trabalho científico que pode ser apresentado como TCC; um relatório de estágio bem elaborado e detalhado também pode ser apresentado como TCC (dependendo da instituição; algumas não aceitam). De toda forma, o TCC é o momento em que você vai provar para uma banca, convocada especialmente para o seu trabalho, que você aprendeu os conceitos ensinados ao longo do curso e que sabe utilizá-los de alguma forma.
Por exemplo, em faculdades de Publicidade, o aluno pode elaborar uma monografia (que é um estudo científico rigoroso sobre um determinado assunto) ou então elaborar uma campanha publicitária completa para um cliente. Ambos os casos são aceitos pelas faculdades como TCC, mas são bastante diferentes entre si. Percebeu? Mas a maioria dos cursos pede, mesmo, uma monografia ou artigo científico como TCC.
Orientando e orientador
Independente do tipo de trabalho de conclusão de curso, o aluno sempre será assessorado por um professor, que será seu orientador. Juntos, vocês definirão o tema do trabalho, a forma como ele será realizado (precisará de entrevistas? precisará de pesquisa em campo? precisará de laboratório), etc. Com tudo isso definido, o aluno fará a maior parte (óbvio) do trabalho, e se reunirá periodicamente com seu professor para que ele acompanhe o andamento das etapas e também para que ele possa sugerir eventuais correções. É muito comum que o aluno se disperse da linha de pesquisa original e cabe ao professor puxá-lo de volta ou orientá-lo a seguir aquela nova ideia, abandonando a anterior, se julgar mais interessante.
Essa interação pode ser um pouco complicada pois muitas vezes as ideias que o aluno tem em mente são diferentes da do orientador. Isso acontece não por vaidade, mas porque cada um entendeu o “problema” a ser pesquisado de maneira diferente ou, devido às suas diferentes histórias de vida, podem buscar respostas diferentes. Quando isto acontece, é importante que ambos se esforcem para compreender as motivações do outro e encontrem um ponto de vista em comum para seguir. Do contrário, prosseguir com aquelas pesquisas se mostrará um tormento gigantesco e pode até mesmo comprometer a qualidade do trabalho, já que ambos não se entendem.
Mas por fim, tudo dá certo e a última fase será, finalmente, a formatação da monografia. Sim, isso mesmo: as temidas regras ABNT. Mas isso fica para outro capítulo. 😉