
Quando vemos, de for a, uma empresa, não paramos para pensar no processo de sua abertura, nem nos problemas que ela deve enfrentar; habitualmente só nos ocorrem os pensamentos voltados para suas vantagens: “será que tem bons empregados? Será que é lucrativa? Que boa ideia seu presidente teve ao montá-la!”. E mal consideramos que ela pode ter alguns percalços, mesmo que ocasionalmente.
Mas uma boa empresa se baseia, antes de tudo, em bons funcionários. A melhor e mais grandiosa instituição com a melhor e mais inovadora das ideias nada é sem ter bons funcionários, qualificados e proativos o suficiente para fazê-la andar sempre para a frente. Mais do que belos uniformes profissionais, ela precisa de mentes ativas, que efetivamente vistam a camisa da empresa com vontade de trabalhar e ética.
Sabe guardar segredo?
Mas o que caracteriza um bom funcionário?
Um bom funcionário é assíduo. Nada pior para um patrão do que um quadro de funcionários repleto de “furões”, mestres da desculpa esfarrapada que estão sempre com alguma doença ou com algum parente nas últimas horas – algumas pessoas já “mataram a avó” tantas vezes que nem um gato morreria tanto. Funcionários com essa conduta normalmente estão naquele emprego por pura pressão familiar ou social, ou ainda por absolutamente necessitarem do salário, porém não se identificam com a empresa ou com a função que exercem. Neste caso, pode-se tentar um remanejamento entre os setores, a fim de permitir que ele atue numa função que lhe seja mais prazerosa – ou ao menos, que não lhe seja tão enfadonha – e a conduta dele se corrija naturalmente. Caso essa estratégia não funcione, só existem duas alternativas: uma boa conversa ou o desligamento do quadro de funcionários.
Um bom funcionário é pontual. A lei garante uma tolerância de no máximo dez minutos de atraso, e mesmo assim não pode ser diário, senão ele pode ser punido. Quando o funcionário não tem condição de chegar no horário correto todos os dias, pode-se alterar seus horários de entrada e saída de maneira que ele cumpra a carga horária diária sem atrasos nem prejuízos. Entretanto, alguns têm conduta mais relapsa, não se importando com o prejuízo de julgamento que sofrerá por parte de seus colegas e patrões. Há que se ter em mente que atrasos podem acontecer com qualquer um mas, quando se tornam rotineiros, há aí um problema a resolver pois estes atrasos podem prejudicar o trabalho de colegas que dependam da pontualidade destes. O relaxamento de um pode comprometer o trabalho de um setor inteiro – e por tabela, da empresa toda.
Um bom funcionário é ético. De anda adianta ir ao trabalho todos os dias, chegar e sair nas horas corretas se, fora dos limites da empresa, ele espalha informações confidenciais, ou denigre a imagem de seus superiores e colegas. Se existe uma dificuldade de relacionamento entre um funcionário e alguém da equipe (independente das posições hierárquicas), este deve ser resolvido de imediato e, de preferência, dentro da empresa. Muitas vezes, o setor de Recursos Humanos media as conversas nestes casos, pois é do interesse da empresa que estes atritos sejam resolvidos. Um funcionário que prefere o “falar pelas costas” acaba, cedo ou tarde, sendo descoberto pela chefia – e isso pode render maus resultados, dependendo do teor do que foi falado e do alvo de todo esse desafeto.
Por menores que fazem a diferença
Uma série de outros fatores tornam um funcionário mais atraente (ou menos) a uma empresa. Por exemplo, a imagem pessoal. Os homens são naturalmente menos vaidosos que as mulheres, mas mesmo eles devem cuidar da aparência. Os cabelos devem estar arrumados, as unhas aparadas e o uniforme limpo e bem passado. Já às mulheres não cai bem exagerar em bijuterias, maquiagem e perfume: manter os cabelos bem penteados, maquiagem suave e poucas bijuterias já será o suficiente para causar uma boa impressão. Não se recomenda usar perfume devido ao risco de algum membro da equipe ter alergia ao odor.
Pessoas que têm o hábito de falar muito devem ficar atentas a esse costume, muitas vezes mal visto pelas empresas. O problema nem sempre é o assunto mas, sim, a tagarelice. Pessoas muito prolixas ou que gostam de puxar conversas o tempo todo irritam as demais, que podem estar concentradas em algum trabalho importante. Se é seu caso, esteja atento para o fato de quem talvez nem todos os outros possam queiram escutar seus casos agora – talvez nenhum deles. Lembre-se que ambiente de trabalho é local de concentração. Melhor deixar a fofoca para depois do expediente.
Funcionários pessimistas afetam os trabalhos de maneira negativa pois tendem a dar opiniões negativas excessivamente graves, desestimulando os colegas a prosseguir com aquele objetivo ou forma de trabalhar – sendo que, muitas vezes, estariam no caminho correto. Porém, em geral este comportamento é precedido de problemas anteriores até mesmo à sua entrada na empresa, talvez oriundo de algum trauma, inclusive. É conveniente que funcionários com este perfil passem por uma avaliação psicológica para descobrir o motivo do pessimismo e sugerir mudanças de postura.
Uma empresa é um pequeno universo dentre vários outros, repleta de peculiaridades. Por isto, gerenciar uma é uma tarefa complexa sujeita a surpresas o tempo todo, e nem sempre boas. A capacidade de mantê-la ativa e produtiva se reflete no sucesso da instituição no mercado e, pelo que vimos acima, merece palmas!