Muitos consumidores brasileiros se surpreenderam e até hoje reclamam da mudança no padrão das tomadas nacionais. A chamada tomada de três pinos, usada desde 2009, foi oficializada pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) em 2011 e, desde então, nenhum produto eletrônico pode ser produzido com tomada de outro tipo. A medida fez com que muitos consumidores corressem para comprar adaptadores para utilizar os novos equipamentos. Esse tipo de tomada aumenta a estabilidade das correntes elétricas e reduz o risco de choques.

Adaptadores

Os adaptadores, no entanto, têm uma série de exigências a serem seguidas para garantir a segurança de sua utilização. Qualquer plugue que fuja do padrão sextavado com dois ou três pinos redondos tem sua comercialização proibida. Esse padrão foi estabelecido pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), juntamente com o Inmetro. O órgão afirma que existem produtos não certificados sendo comercializados irregularmente no mercado brasileiro, podendo causar choques e incêndios. O registro de produtos pode ser feito através do sistema orquestra Inmetro.

Recomendações

A recomendação geral é que as pessoas façam o quanto antes a adaptação em todas as tomadas existentes em suas casas e empresas, utilizando modelos com mais de um módulo para evitar que o adaptador seja sobrecarregado. O adaptador múltiplo tipo T, conhecido popularmente como benjamim, tem sua comercialização permitida, mas precisa de certificação compulsória fornecida por órgãos reguladores que assegurem a segurança no uso desses objetos.

Os adaptadores devem ser produzidos em peça única, isto é, sem que haja quaisquer partes removíveis. Em conformidade com os padrões nacionais, devem ser constituídos de ligas de cobre, sem a existência de materiais ferrosos. As tomadas devem possuir apenas entradas para pinos redondos em cavidades sextavadas. Nenhuma cavidade deverá ser deixada vazia, ou seja, se houver três entradas, então o plugue deverá obrigatoriamente conter os três pinos que as preencham, para que o aterramento não seja anulado.

Afinal, para que serve o terceiro pino?

Às vezes, a eletricidade das tomadas “escapa” para outros lugares, como suas carcaças metálicas, o que pode causar consequências negativas, como choques elétricos, danos aos aparelhos (muitas vezes irreversíveis) e perda de energia elétrica, fazendo com que as contas venham desnecessariamente altas. Esse pino extra recupera essa energia “fujona”, evitando que ela se dissipe para locais onde não deve, sendo canalizada por um eletrodo que fica enterrado, de onde deriva o nome aterramento.