Toda mudança tem as mesmas características: um safári pelas opções de novos endereços nas imobiliárias, o xadrez de escolher a melhor empresa de mudanças, a corrida do embalamento dos móveis e outros objetos e a aventura que é desempacotar tudo de novo, dessa vez na casa nova. Isso não muda nunca.

Mas por falar em embalar as coisas… voe sabe como fazer isso? Sempre pensamos que é uma tarefa fácil e sem a necessidade de grandes raciocínios, mas faça um teste: escolha um cômodo da sua casa e pense em como faria pra embalar cada coisa. Por exemplo, a sala, com um sofá, duas poltronas, rack, TV de led e uma cristaleira. Como você embalaria essas coisas? São tamanhos e resistências diferentes, importante lembrar.

Pra tudo tem um jeito certo

Cada objeto pede um cuidado diferente no transporte. Um sofá, por mais que pareça resistente a qualquer coisa, é forrado com tecido nem sempre tão forte assim, o que o torna suscetível a rasgos. Alguns têm os “pés” de madeira expostos, e eles podem sofrer amassões e lascados se forem manuseados sem cuidado. Então, convém que sejam, no mínimo, cobertos com um cobertor velho ou manta para proteger o estofado. Os pés, se não puderem ser enrolados em plástico-bolha, devem ser tratados quase como se fossem de vidro. As poltronas, se forem do tipo estofado também, deverão receber os mesmo s cuidados.

Racks são um dilema eterno. Pequenos a ponto de não “merecerem” ser desmontados para o transporte – mas montados se tornam grandes o suficiente para prejudicar sua acomodação no caminhão e seu transporte pelos corredores do prédio. O que fazer, então? Desmontar ou transportar montado? Aí vai o bom senso. Certos racks são feitos em madeira maciça e não pode ser desmontados. Nestes casos, convém protegê-los com papelão, especialmente nas quinas, tanto para proteger o rack quanto os demais móveis no caminhão, as paredes durante a manipulação do móvel, etc. Já quando ele é fabricado em MDF (mais comum), pode ser desmontado para facilitar seu transporte. Se ele não for grande, não há necessidade – e seja bastante criterioso(a) quanto a isso, ok? Móveis de MDF se desgastam rapidamente quando desmontados e remontados com frequência, então só faça isso se notar que não vai ter outro jeito. E na remontagem, evite apertar os parafusos além do necessário, para que as fixações não “rocem” a madeira por dentro e o móvel fique frouxo.

Cristaleiras são sempre um problema. Frequentemente são feitas em madeira, muitos vidros e muitos espelhos – isso é de propósito, já que se presume que vão ser guardados objetos de brilho como taças e outros objetos de cristal. Portanto, são móveis bastante resistentes, mas com peças frágeis. Por sorte, em muitos modelos as prateleiras internas não têm os vidros fixos; assim, basta removê-los e embalá-los em separado. O problema vai ser o espelho interno, fixo na maioria das vezes. Aí o jeito é proteger a cristaleira lateralmente para que ela não sofra impacto de outros móveis quando estiver sendo transportada – e chamar a atenção dos carregadores para que a carreguem com bastante cuidado.

As taças e outros objetos que estavam na cristaleira não tem nem o que dizer: MÁXIMO cuidado no embalo e no transporte. O ideal é que as taças sejam embaladas em plástico-bolha uma por uma e depois colocadas em caixas-colméia (com uma grade interna que mantém uma separada da outra). Essas caixas são encontradas em papelão ou madeira, e algumas transportadoras as emprestam. E tem mais, essas caixas com objetos mais frágeis devem ser as últimas a serem colocadas no caminhão e as primeiras a serem retiradas, ok? Nada de colocar objetos por cima, por mais leves que sejam.

TVs e outros equipamentos como aparelhos de som merecem cuidado também. Especialmente as TVs de maior tamanho, já que quanto maior a tela, maior o risco de algum objeto impactar contra ela e quebrá-la. O correto é transportar cada equipamento em caixas separadas – e só com eles lá, sem nenhum outro. Convém evitar colocar peso por cima destes, também, e protegê-los de impactos, já que várias peças internas podem se soltar com pancadas e transportes sem cuidado.

Dá trabalho, não é? Mudar é complicado, mesmo. Mas usando um pouco de lógica e tempo – e uma dose extra de paciência -, tudo se encaixa e nada se danifica. 😉