
Seria uma alternativa bem interessante, principalmente com a qualidade de algumas vias do país. O asfalto, ao longo do tempo, perde sua qualidade, mas isso se deve a ação do tempo, principalmente da chuva e da ação dos carros e pessoas que trafegam cotidianamente. Por mais que engenheiros façam pesquisas e criem novas fórmulas, toda a pavimentação tem sua vida útil, que pode ser maior ou menor dependendo do tipo e das condições do local.
Já existem pistas mais resistentes e vias que apresentam boas características, mas ainda é necessária a manutenção dessas vias. Sem contar que uma pista ultrarresistente pode ter um valor muito alto, sendo inviável sua construção. Contudo existem alternativas que aumentam a vida útil do asfalto e ainda são alternativas economicamente viáveis, conheça algumas delas e como podem ser úteis para o dia a dia de quem usa carro.
Como é feito o asfalto
O asfalto é basicamente a mistura de pedras com o ligante betuminoso prensado. Na maioria dos casos é aplicado o ligante, que evoluiu do pinche e hoje é uma solução a base de petróleo, e em seguida o agregado, pedras peneiradas para ter a espessura ideal. De acordo com a necessidade do solo, mais de uma camada é aplicada para aumentar a vida útil e aderência dos carros que irão transitar. A disposição desses elementos é alterada de acordo com as necessidades da via, contudo é basicamente assim que é produzido o asfalto. As operações “tapa buraco” funcionam quase da mesma forma e nem sempre são boas alternativas.
O terreno deve ser limpo e em seguida compactado para que menos materiais sejam desperdiçados. O subleito é preparado e logo em seguida é aplicada uma cama de até 40 centímetros de pedregulho, dependendo do local. Para não haver problemas com chuva, é necessário realizar um sistema de drenagem que não irá reter a água da chuva. Se o sistema de drenagem não for feito de forma adequada, o asfalto corre um sério risco de ir embora com as primeiras chuvas e se tornar um tormento para quem trafega.
Porque o asfalto perde sua qualidade
A água é o principal inimigo da pavimentação, mas não é só ela que faz com que o asfalto perca suas características. O peso e quantidade de veículos que trafegam na via são determinantes para a perda da vida útil do asfalto. Isso porque as subcamadas nem sempre são fortes suficientes para suportar a demanda e isso pode comprometer toda a estrutura do asfalto. Com o tempo as trincas podem surgir e manutenção deve ser imediata, caso não sejam feitos os reparos, a chuva vai atingir as camadas inferiores do asfalto e ai podem surgir crateras se não for feito nada.
O ideal para eu o asfalto tenha uma boa vida útil é a busca de um solo propício para a pavimentação, bons técnicos, planejamento adequado e materiais de boa qualidade. Além disso, é necessária uma boa estrutura, que em alguns casos necessita de base de concreto ou a adição de polímeros de baixa densidade para manter o asfalto impermeável e bem flexível para receber cargas mais pesadas.
Adição de concreto
Quando não há falta de rigor no processo de pavimentação, as rodovias recebem diferentes tratamentos para que dure mais tempo e não seja necessário realizar manutenções corriqueiras. Em alguns casos o concreto usado em camadas e subcamadas é capaz de aguentar temperaturas altas e possui uma vida útil maior, contudo é mais custoso que o processo de pavimentação simples. Atualmente menos de 5% das estradas brasileiras são pavimentadas com concreto que também é chamado de pavimento rígido.
O custo é maior, contudo a durabilidade de pavimento rígido é de até 20 anos contra menos de 10 do asfalto comum. Contudo é necessário fazer uma obra bem planejada senão a vantagem não valerá a pena. Além disso, também há algumas desvantagens como o ruído maior que o asfalto, mas o concreto asfáltico é necessário em diferentes casos e manutenção é menor. Outra desvantagem diz respeito as variações de topografia, que acontece muitas vezes no Brasil, dessa forma a a estrutura para sustentar o concreto fica muito complexa e nesses casos se adota o asfalto.
Adição de borracha
Uma alternativa que além de tornar o asfalto mais flexível sana o problema da dispensa de pneus é a adição de borracha no asfalto. A prática já é adotada no país e tem grande apelo ecológico, já que os pneus são triturados, reciclados e adicionados ao ligante betuminoso. O revestimento se torna 40% mais resistente e diminui o atrito entre o pneu do carro com o asfalto.