Uma das invenções mais tietadas da modernidade é o notebook. É uma verdadeira estação de trabalho portátil, útil para qualquer pessoa: estudantes, empresários, cozinheiros, arquitetos, publicitários, gamers, hackers (por que não?)… enfim: é útil “pra geral”.

Mas o que é um notebook, tecnicamente falando? É um conjunto de componentes eletrônicos semelhantes aos de um computador de mesa (desktop) convencional, porém redimensionados para que o conjunto todo ocupe um pequeno espaço e seja facilmente transportado. Para garantir sua portabilidade, ele funciona com uma bateria recarregável que pode ser conectada a tomadas convencionais quando sua energia armazenada é esgotada. Aliás, essa ligação é a única coisa que torna o notebook um equipamento fixo por um pequeno período de tempo, só o suficiente para recarregar a bateria.

E por falar nisso, já reparou no fio que você conecta seu notebook na tomada? Se reparou, certamente notou que ele é composto por duas sessões, sendo que elas se conectam numa espécie de “caixa” lacrada.

Que caixa é essa no meio do fio?

Essa é a chamada fonte para notebook. Sua tarefa principal é converter a energia que sai da tomada para a energia que o aparelho precisa para trabalhar bem – que não é a mesma da tomada. As instalações elétricas brasileiras costumam ser de 110V ou 220V, mas um notebook só precisa de 12V a 19V. Diferença grande, não é? Se eles fossem ligados diretamente numa tomada convencional sem a transformação da voltagem, queimariam na mesma hora. Outra função da fonte para notebook é ajustar a corrente elétrica. Na instalação elétrica, a corrente é alternada (ou seja, os elétrons não seguem num único sentido ao longo do fio). Porém, o notebook precisa que ela seja convertida para corrente contínua (com todos os elétrons seguindo na mesma direção) e essa “organização” é feita pela fonte, também.

Existem diferenças bastante sutis de uma fonte para outra mas, para os equipamentos, essas diferenças são cruciais. Nem todo notebook trabalha com a mesma voltagem, por isso a fonte de um pode não servir para o outro. Por isso é sempre recomendável que o aparelho seja usado com a fonte que veio com ele no momento da compra. Caso ela apresente defeito, adquira outra original do fabricante e específica para aquele modelo de notebook.

“No necessitas garantía, la garantía soy yo!”

“E quanto às genéricas? Afinal, são bem mais baratas que as originais e fazem o mesmo serviço, não?” Nem sempre. As genéricas têm dois fatores de risco que podem criar situações perigosas. O primeiro é a qualidade da conversão. Muitas fontes genéricas não conseguem manter uma qualidade contínua na conversão da voltagem, permitindo picos para mais e para menos, o que pode danificar o notebook num prazo bem curto. O segundo fator de risco é a qualidade dos materiais em si. Além das funções que a fonte para notebook deve desempenhar normalmente também estão a resistência ao calor (você já deve ter notado que, durante o uso, a fonte aquece um pouco) e os dispositivos de segurança em caso de sobrecarga na rede elétrica.

Para garantir tudo isso (funcionamento correto e segurança durante o uso), o material precisa ser de boa qualidade e as fontes genéricas têm baixo custo, na maioria das vezes, por usar materiais de qualidade inferior. Ou seja, uma fonte de boa qualidade absorve todos os riscos; a de má qualidade transfere cada um deles para você.

Leve a fonte a sério sempre. Mais do que permitir que você use seu notebook tranquilamente e por mais tempo, ela permite que você o faça com total segurança.