Todo salão de festas tem histórias pra contar. Afinal, quantos casamentos maravilhosos já foram celebrados em cada um deles, não é? Quantas histórias emocionantes foram relembradas e comemoradas naqueles espaços, bodas de prata, de ouro, talvez até de brilhante! E os batizados?? Aquelas pequenas fofurinhas bochechudas meio perdidas, meio confusas, sem entender nada daquela confusão enorme!…
Mas no meio de tantas festas alegres, quantas terminaram mal? Um tombo mais feio que terminou na hospitalização de alguém, um mal súbito, uma ligação triste que colocava fim à comemoração, um acidente… Se pensarmos direito, veremos que não é tão difícil assim ver um salão de festas se converter subitamente num local de tristezas que serão lembradas para sempre. E se continuarmos pensando a respeito, veremos que algumas podem ser sempre evitadas.
Os planos B
O ideal é se precaver para que nunca aconteçam acidentes no salão mas, mesmo com todas as precauções tomadas, é sábio manter planos B sempre prontos para entrar em ação ao menor sinal de perigo.
A primeira conduta a ser abolida de qualquer festa é a de soltar fogos no interior do salão. Muitos de nós já viu vídeos na internet onde fogos de artifício eram acesos dentro do salão, sejam rojões, bombinhas, busca-pés ou os chamados “vulcões” e chuvas-de-prata (muito usados para fazer uma “entrada espetacular” do casal ou do homenageado). Apesar do evidente efeito visual do uso destes fogos, o ambiente correto para acendê-los é SEMPRE o externo; isso porque do lado de dentro, as pessoas ficam restritas a um espaço fechado com poucas saídas. Muitas estarão usando roupas feitas com material sintético altamente inflamável – sem contar que o próprio cabelo, estando com produtos químicos ou não, se incendeiam com muita facilidade. Qualquer fogo ali dentro vai gerar pânico, principalmente quando ele começar a se espalhar.
Extintores de incêndio são outra regra que não pode ser desobedecida. Podem não ser estéticos, mas são importantes para deter pequenos incêndios e, por evitar que eles se alastrem, salvam vidas. Para cada tamanho de salão há um número correto de extintores, tamanho adequado e tipo (pó químico, água ou CO2). Eles devem estar em locais visíveis, de fácil acesso e com sinalização ostensiva, inclusive no chão. “Mas pra que servem aquelas marcas no chão se ele fica firme na parede?” Porque na situação de incêndios com quantidade muito grande de fumaça, é normal (e correto) que as pessoas andem mais próximas ao chão para aspirar menos fumaça e, estando perto do chão, não verão os extintores facilmente. Estas marcas sinalizam a posição exata dos mesmos nessas situações.
A última parte do plano B são as saídas de emergência. Se não der pra evitar o fogo e nem para controlá-lo, é hora de evacuar o local. Para isso, usam-se as saídas de emergência – normalmente a saída principal com as portas amplamente abertas e também portas laterais e de fundos, que permitam sair da área onde o salão está construído (afinal, não adianta sair do salão e ficar preso no lote). Estas portas devem ter largura suficiente e estar totalmente desimpedidas para que todas as pessoas saiam com a maior rapidez possível sem atropelos. ESTA foi a falha da boate em Santa Maria: não haviam saídas suficientes, e não tinham a passagem livre de obstáculos.
As características de segurança de um salão de festas devem fazer parte obrigatoriamente dos itens a verificar de todo cliente. Por isso, não verifique apenas a beleza e o preço: verifique também a segurança do local.